terça-feira, 15 de novembro de 2011

HSBC: exemplo de mal atendimento a Pessoa com Deficiência

Caríssimas e Ilustríssimas Autoridades; Poder Público Constituído ;Órgãos de Imprensa ; Sociedade Civil Organizada ; Amigos e a Quem Interessar.

    Venho através do presente, comunicar-lhes a minha indignação com o atendimento prestado ao Portador de Necessidades Especiais, promovido pelo Banco HSBC /Agência Prudente de Morais; Onde lê-se claramente na entrada que a referida instituição bancária está preparada para atender as pessoas especiais.
   
    Ocorre que na última sexta-feira (04/11) estive acompanhado da minha irmã para descontar um cheque; ao chegar à mencionada agência a vaga de estacionamento destinada aos portadores de deficiência estava ocupada, por um veículo sem identificação de vagas. Ao adentrar a parte interna da agência no local onde ficam as máquinas de caixas eletrônicos, me dirigi à segurança do banco, me apresentando como “Amputado” onde solicitei a minha acessibilidade até a parte de caixas especiais onde faria a troca do tal cheque, diga-se de passagem, que tal desconto seria destinado como de fato foi para a folha de funcionários da nossa empresa.

    Neste momento fui atendido por uma equipe de seguranças da empresa Nordeste Vigilância, onde o primeiro membro da equipe me perguntou se eu era cliente da agência, o que informei que não, que estaria ali para descontar um cheque. Fui orientado para passar na porta circulante, por onde passam os clientes que não possuem deficiência física; Fiz ver àquele agente na ocasião da abordagem que tinha prótese metálica e que o equipamento soaria, ele insistiu para que eu passasse assim mesmo, dizendo no caso de disparar o sinal ele destravaria o referido equipamento. Eu fui e voltei a porta por pelo menos três vezes, onde em todas elas o sinal disparou e não houve destrave. Diante disso, pedi que fosse aberta a porta lateral, que estava sinalizada com a simbologia de cadeirante, o que foi negado sendo dito que por ali deveria passar somente cadeirantes, e me foi perguntado se eu tinha alguma identificação o que afirmei que sim, pois estava portando a minha carteira de habilitação que me autoriza dirigir veículo adaptado; Disse ao tal agente que aquela porta estava ali para servir a TODOS os Especiais, que a simbologia de cadeirante era espécie do gênero “deficiente”, ainda assim vi que havendo bom senso daquela autoridade era só abrir e pronto. Para minha surpresa ele se mostrou truculento e resistente a fazê-lo, disse que não tinha autorização para isso e que aguardasse ali em pé até que alguém da agência viesse resolver o caso. A essa altura fui ficando nervoso e mais uma vez junto com minha irmã, pedimos que a equipe de agentes atendesse o nosso apelo de cidadão, o que nos foi mais uma vez negado. Nesse instante, as pessoas que operavam os terminais de caixas eletrônicos começaram a presenciar o meu constrangimento, e a serem solidárias comigo, teve um Moto-boy de nome Jean que se prontificou a testemunhar ao meu favor, me passando inclusive seus dados pessoais.

    Depois de pelo menos 15 minutos em pé, humilhado tive a lembrança de pedir a identificação dos agentes, onde não fui atendido; Aí peguei o meu celular e fui tentar filmar, bem como bater fotos do cartaz que está na porta principal da agência (Agência preparada para atender portadores); um dos seguranças da empresa Nordeste, saiu da parte interna e me fez ameaças proibindo-me de filmar e fotografar, falou que chamaria a “polícia”.O que fui a favor que chamasse, aí com a ressonância da discussão chegando à parte interna da agência, apareceram dois funcionários, que abriram a tal porta e levaram eu e minha irmã que a essa altura chorava indignada, até um birô onde nos foi dado água e atendimento, além de um pedido de desculpas. A essa altura tentei através da minha irmã pegar as identificações dos agentes de segurança, todos eles esconderam seus crachás. Concluído o “atendimento”, que fique ressaltada a gentileza da gerente de pessoa física de nome Juliana; achei que poderia sair sem sofrer mais constrangimentos, pedi que fosse aberta a tal porta e mais uma vez os seguranças se negaram a abri-la; Me aproximei de um deles, e identifiquei o nome: Sr. João Maria, este colocou a mão na sua arma e disse que eu queria aparecer, voltei ao setor de caixas e pedi que alguém do banco aparecesse para liberar a tal porta, me deparei com dois caixas trabalhando e um monte de pessoas revoltadas com o ocorrido e com a qualidade do atendimento daquele banco.

    Um senhor de nome Wilton Alves foi solidário conosco e externou sua indignação conclamando que outros cidadãos presentes se colocassem a nossa disposição para prestar testemunho e esclarecimentos; deparamos também com um portador de necessidades na agência de nome Gillney, que usa metais internos na sua perna que na ocasião se dispôs a colaborar conosco. Por mais um tempo ficamos eu e minha irmã “aprisionados no banco”; dependentes novamente da “boa vontade dos funcionários que pudessem abrir a tal porta. Durante o ocorrido, minha esposa e meu filho maior me ligavam, mas não podiam entrar pois o expediente bancário ali terminava.

    Desorientado, recebi a ligação do nosso advogado que nos instruiu a comparecer a Unidade Policial mais próxima e registrar um B. O. O que fizemos e esperamos reparar o nosso direito judicialmente, para que fatos dessa natureza não mais aconteçam; principalmente quando se discute temas importantes de cidadania e inclusão social como direito de todos.

    Diante do exposto, esperamos contar com o apoio daqueles que desaprovam tal conduta e das autoridades constituídas que devem guardar a voz e a vez de todos; Ficam aqui algumas indagações: de que vale ter “máquinas e tecnologias” sem a “capacitação e o treinamento de pessoas?” É justo os bancos lucrarem absurdos, prestando serviços caros e de péssima qualidade, jogando muitas vezes a culpa nos seus poucos e mal remunerados funcionários? Não precisa dizer: Que País é Este! E Quem É Que Vai Pagar Por Isso!

Eduardo Pacheco Ramos, Cidadão Brasileiro, Potiguar, Bacharel em Direito, membro do Projeto Melhorando e Futebol de Amputados do RN

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Nove atletas potiguares representarão o RN no Parapan 2011

    Duzentos e vinte três atletas estão prontos para representar os mais de 190 milhões de brasileiros nos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara, no México. Entre os dias 12 e 22 de novembro, eles disputarão medalhas e títulos em 13 modalidades. Representando o Rio Grande do Norte estarão nove atletas da Sociedade Amigos do Deficiente Físico (Sadef), nas modalidades de halterofilismo, natação, atletismo, tênis de mesa e tiro com arco.
    A meta do Brasil é repetir o primeiro lugar no quadro geral de medalhas, conquistado na última edição, Rio 2007, quando garantiu 228 medalhas (83 ouros, 68 pratas e 77 bronzes). Na primeira edição dos jogos, na Cidade do México 1999, o país conquistou 180 medalhas (92 de ouro, 55 de prata e 33 de bronze), alcançando o segundo lugar geral. Em 2003, em Mar del Plata, repetiu o vice com 164 (80 ouros, 53 pratas e 31 bronzes). O Parapan será classificatório para os Jogos Paraolímpicos de Londres 2012 em algumas modalidades, comoé o caso do basquete (Canadá e Estados Unidos já têm vaga), do goalball, do halterofilismo (vencedor de cada categoria de peso), tênis de mesa (o campeão de cada categoria) e vôlei sentado (somente o campeão conquista vaga).
    No tiro com arco e no tênis em cadeira de rodas, a pontuação no Parapan vale para o ranking internacional, qualificatório para as Paraolimpíadas. Os potiguares que vão ao Pan são: Cleiton Lima Pereira (atletismo), Josenildo Alexandre da Silva, Maria Luzineide Santos, Terezinha Mulato dos Santos (halterofilismo), Francisco de Assis Avelino, Maria Dayane da Silva e Nélio Pereira (natação), Ecildo Lopes de Oliveira (tênis de mesa) e Francisco das Chagas (tiro com arco).