A definição clássica de lazer nasce através dos estudos do sociólogo francês Joffre Dumazedier (1977), que define lazer como o conjunto de ações escolhidas pelo sujeito para diversão, recreação e entretenimento, num processo pessoal de desenvolvimento. Tem caráter voluntário e é contrapondo do trabalho urbano – industrial.
Os antigos já sabiam da importância do brincar no desenvolvimento integral do ser humano. Aristóteles, quando classificou os vários aspectos do homem, dividiu-os em homo sapiens (o que conhece e aprende), homo faber (o que faz, produz) e homo ludens (o que brinca, cria). Na sua imensa sabedoria, os povos antigos sabiam que mente, corpo e alma são indissolúveis, embora com suas características próprias.
Aproximadamente nas décadas de 50 e 60, alguns hospitais e centros de reabilitação começaram a oferecer programas de lazer e recreação para seus pacientes.
Quando as pessoas com deficiência começaram a sair de casa ou das instituições para usufruírem o seu direito ao lazer e recreação, descobriram que, praticamente, todos os lugares eram inacessíveis: cinemas, teatros, museus, restaurantes, hotéis e assim por diante. (Sassaki, 1999)
Some-se a isso, o fato de no passado, dar-se pouca importância ao lazer e recreação em comparação a outras terapias, como a fisioterapia.
Barreto (2000) propõe, dentro de uma abordagem clínica, acampamentos, caminhadas em trilhas e escaladas de montanha para desenvolver uma ampla gama de áreas, tais como a saúde, a resistência física, a motivação e a auto-imagem.
Vygotsky (1988) afirma que as deficiências corporais afetam, antes de tudo, as relações sociais desses indivíduos e, não, suas interações diretas com o meio físico. É na relação com o outro, numa atividade de lazer que a pessoa com deficiência acaba por constituir-se como sujeito.
Vygotsky (1988) afirma que as deficiências corporais afetam, antes de tudo, as relações sociais desses indivíduos e, não, suas interações diretas com o meio físico. É na relação com o outro, numa atividade de lazer que a pessoa com deficiência acaba por constituir-se como sujeito.
O lazer, para essa população, constantemente é visto como um meio de passar o tempo, sendo desprovido de um caráter inclusivo, podendo constituir um espaço de possibilidades. Mesmo assim, acaba sendo negligenciado e coberto por preconceitos que cerca essa temática.
Todos os cidadãos tem direito ao lazer, a se divertir, compartilhar momentos e experiências e vivenciar emoções junto aos outros.
As atividades de lazer podem atender ás necessidades desses indivíduos, seja para descansarem, divertirem-se ou desenvolverem-se.
A pessoa com deficiência sabe brincar, divertir-se e amar, sendo assim é fundamental somar esforços buscando derrubar barreiras sociais, culturais e arquitetônicas que restringem a inclusão da pessoa com deficiência no lazer, É preciso aprender e mostrar a todos que é possível e bom conviver com a diferença.
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